Frase
É
todo e qualquer enunciado de sentido completo, breve ou longo.
Ex.:
Fogo! Socorro! Psiu!
“Há
indivíduos que sobem muito alto para mostrar apenas a sua pequenez.”
A
frase pode ser nominal – quando
exprimem uma visão estática do mundo, aparecem sem verbo ou com verbo de
ligação – e verbal – indicando um processo e, por isso, exprimem uma visão
dinâmica do mundo.
Ex.:
Vitória justa do Palmeiras. / A vitória do Palmeiras foi justa. (nominal)
O
Palmeiras venceu. / Automóvel atropela pedestres.
A
entonação na língua falada e a pontuação na escrita são fundamentais para que
essas palavras não se tornem mortas e para que possa haver uma real
comunicação.
Oração
É
a frase ou membro de frase que contém um verbo ou uma expressão verbal.
Ex.:
“A abundância fez-me pobre.” (temos uma frase)
Quero (temos um membro de frase)
A
oração não precisa ter, necessariamente, sentido completo. Sendo assim, nem
toda oração é uma frase. De outro lado, nem toda frase é oração.
Para
que haja uma perfeita transmissão da informação é necessário uma ordem
lingüística, a essa ordem dá-se o nome de sintaxe.
Ex.:
Quadrinhos menino em o revista uma lê,
O menino lê uma revista em quadrinhos.
1.
As orações classificam-se, quanto ao sentido, em:
Declarativas
– Elza estuda português.(afirmativa) / Elza não estuda português.(negativa)
Interrogativas
– Como se chama aquela ilha? / Quem governava o País naquela época?
Imperativas
– Estudem português! / Salvem-me!
Optativas
– Deus lhe pague! / Sejam bem-vindos a Criciúma!
Sempre
têm o verbo no subjuntivo, mas podem tê-lo no imperativo. Ex.: Sede felizes!
Podem
confundir-se com as imperativas, quando ambas possuem o verbo na 3a
pessoa do subjuntivo. Ex.: Abram-se as portas deste país a todos os povos!
Neste caso, somente o contexto ou a entonação poderão indicar se a oração é
optativa ou imperativa.
Exclamativas
– Vencemos! / Que lindo está o céu hoje!
2.
Qualquer oração pode tornar-se interrogativa ou exclamativa, desde que esteja
convenientemente marcada na língua escrita ou possua entonação adequada na
língua falada.
Ex.:
Elza estuda português. (declarativa)
Elza estuda português? (interrogativa)
Elza estuda português! (exclamativa)
3.
Existem orações em ordem direta, ou seja, sujeito, verbo e complementos.
Ex.:
A comitiva presidencial chegou ao Rio de Janeiro à uma hora.
E
orações em ordem indireta, apresentam os termos não em sua ordem normal.
Ex.:
À uma hora chegou ao Rio de Janeiro a comitiva presidencial.
Período
É
a frase expressa através de uma ou de várias orações, terminada porponto, ponto
de exclamação, ponto de interrogação ou reticências.
O
período pode ser simples ou composto. Será simples quando possuir uma só
oração, chamada absoluta; será composto quando contiver mais de uma oração.
Ex.:
Duro com duro não faz bom muro. (período simples; oração absoluta)
“Não pare, porque será o mesmo que
voltar.” (período composto)
A
maneira prática de saber quantas orações existem num período é contar os
verbos: num período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as
expressões verbais nele existentes.
Exercícios
1-
Relacione as colunas para rever os tipos de frases.
(a)
Sai agora mesmo!
(b)
Você quer ir ao teatro?
(c)
Não poderei acompanhá-lo.
(d)
Como estou satisfeito com o meu presente!
(e)
Gosto muito de vocês.
(f)
Você não participou da gincana?
(e)
declarativa afirmativa
(c)
declarativa negativa
(d)
exclamativa
(f)
interrogativa negativa
(b)
interrogativa
(a)
imperativa
2-
Sublinhe os verbos ou as locuções verbais dos períodos abaixo e escreva nos
parênteses PS para período simples e PC para período composto.
(PC)
Li todas as revistas que você me emprestou, mas gostei
muito das que trazem reportagens variadas, porque me atualizei.
(PS)
O carro velho do vovô subia lentamente a ladeira íngreme.
(PC)
Não conseguiu montar o quebra-cabeça, pois faltavam peças.
(PC)
Não fale tudo o que lhe vier à cabeça, pois você pode falar
o que não deve.
(PS)
Os novos celulares oferecem aos consumidores muitas vantagens.
(PC)
O guia da excursão explicava com detalhes as atrações turísticas, para
que todos aproveitassem bem a viagem.
(PS)
Pensei muito em você ontem à noite.
(PS)
O leite materno é o alimento mais apropriada para a criança
recém-nascida.
(PC)
Os salgados que fiz para a recepção ficaram tão gostosos que só recebi
elogios.
O QUE ME DIZ...
Que
frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza!
Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que
graça! Que horror! Que doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame!
Que mentira! Que confusão! Que vida! Que coisa! Que talento! Que alívio! Que
nada... [...]
Que
fazer senão ir na onda? Lá isso... Quer dizer. Pois não. É mesmo. Nem por isso.
Depende. É possível. Antes isso. É claro. É lógico. É óbvio. É de lascar. Essa
não! E daí? Sai dessa. [...]
Carlos
Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa.
Rio
de Janeiro, J. Aguilar, 1973.
1-
Copie do texto duas frases nominais.
Sugestão
de resposta: “Que frio!” “Que calor!” “Que bacana!”
2-
Envolva todas as frases verbais.
“Que
fazer senão ir na onda?” “Quer dizer.” “É mesmo.” “Depende.” “É possível.” “É
claro.” “É lógico.” “É óbvio.” “É de lascar.” “Sai dessa.”
3-
Das frases verbais, só uma constitui período composto. Copie-a e explique.
“Que
fazer senão ir na onda?” A frase é constituída de duas orações: “Que fazer /
senão ir na onda?”, possuindo dois verbos.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Mude seu pensamento e você
mudará seu mundo.
1a oração: Mude seu
pensamento
2a oração: e você
mudará seu mundo.
Sintaticamente, as duas orações
são independentes, isto é, a 2a não exerce função sintática em
relação à 1a e vice-versa.
Principais conjunções
coordenativas:
Aditivas: e, nem, mas também (precedido
de não só)...
Adversativas: mas, porém, contudo, todavia,
no entanto, entretanto...
Alternativas: ou, ou... ou, ora... ora,
quer... quer, já... já...
Conclusivas: logo, por isso, portanto, por
conseguinte, pois (depois do verbo)...
Explicativas: que, porque, pois (antes do
verbo)...
No período composto por
coordenação, podem ou não aparecer as conjunções coordenativas. Há, então, dois
tipos de orações coordenadas. Veja:
1- Oração coordenada assindética – sem conjunção. Exemplo: “Mude seu
pensamento...”
2- Oração coordenada sindética – com conjunção. Exemplo: “...e você mudará seu mundo”.
Nas orações coordenadas
assindéticas, a vírgula marca a ausência da conjunção.
Ex.: Olhava para a filha, sorria, conversava com ela carinhosamente.
Veja outros exemplos de orações
coordenadas:
Coordenada assindética Coordenada sindética
1. Olho para ele e sinto falta do seu sorriso. (aditiva)
2. Ele trouxe o jornal, mas
não o leu. (adversativa)
3. Comporte-se ou saia da sala. (alternativa)
4.
O atleta esforçou-se, por isso conseguiu a medalha.
(conclusiva)
5.
Não se aflija, que chegaremos hoje. (explicativa)
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